quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Maíra Rabassa: "Sempre tive o perfil de não desistir na primeira queda"

Ela nasceu em Criciúma, cresceu em Porto Alegre a atualmente mora em Içara, no sul catarinense. Bonita, descolada e bem articulada, Maíra Rabassa (@mairarabassa) trabalha como jornalista em meios escritos há quase 15 anos, acumulando também experiência no rádio e como assessora de imprensa e colunista. Em seu blog, esta torcedora do Tricolor dos Pampas e do Tigre da sua cidade natal dá dicas sobre moda e beleza, difunde notícias atuais e faz entrevistas ousadas e por vezes polêmicas. Aqui, ela fala sobre como é trabalhar como jornalista no sul do seu estado e sobre a questão da necessidade do diploma na área; também conta como enfrentou a síndrome do pânico e do seu desejo de algum dia morar na África. 

BLOG. Você tem bastante experiência em jornal e também já trabalhou em rádio. Como é a vida de jornalista em Criciúma?
MAÍRA. Também já fiz várias assessorias de imprensa e conto com meu website, além de colunas virtuais em vários sites da região Sul de Santa Catarina. Hoje em dia ser jornalista em Criciúma está mais simples. Haja vista o número de assessorias de imprensas, que acabam proporcionando as redações várias pautas, além de materiais prontos para divulgação. Sou de uma época em que quem corria atrás da informação era o jornalista, não tínhamos tantos recursos, como hoje, já que a região possui vários sites de notícias. Tínhamos que confiar em nossas fontes e buscar sempre algo novo e lutar para não sermos furados, ou o chefe cortava nossas cabeças (risos). Acredito que isso esteja se perdendo a cada dia. O que é lamentável. Muitos veículos ficam presos ao factual e esquecem que o público gosta de ler o que ainda não leu. Esquecem de buscar pautas exclusivas e investigativas para aguçar a curiosidade do leitor. Então, está na hora dos meus colegas de redação olharem para suas agendas de telefone e procurarem ligar mais para suas fontes, saírem mais para o campo, escutarem mais as pessoas nas ruas, lá estão as verdadeiras matérias que nem sempre chegam por releases!

BLOG. Que lembranças tem da infância em Porto Alegre e do que  sente saudades quando pensa na capital gaúcha?
MAÍRA. Sinto falta de pessoas que já partiram deste mundo que me fizeram amar o Rio Grande do Sul, pedacinho este que ainda carrego com meu pai, que também é gaúcho. Sinto falta das tardes no Parque da Redenção e do Pôr do Sol do Guaíba. Sinto saudades da minha turma no Colégio Cruzeiro do Sul. Alguns ainda mantenho contato, outros nem sei mais onde estão. Sinto falta dos churros da tia da parada de ônibus perto da escola. E dos sorvetes tomados na Rua da Praia. Mas, a vida é assim! É cíclica! E a saudade é eterna...

BLOG. Alguma vez você comentou que gostaria de morar na África, mais precisamente em Angola. Por que essa atração pelo continente africano?
MAÍRA. Acho que vivemos de mudanças. E chega um momento da vida da gente que temos que tentar marcar nossa passagem neste mundo! E, depois de ler mais sobre o país, depois de entender mais sua cultura e anseios, acho que seria um bom lugar para buscar essa nova jornada. Ainda são planos... Mas, um dia, quem sabe...

BLOG. Há anos você começou a travar uma batalha contra a síndrome do pânico. O que poderia prejudicar sua carreira se transformou em uma linda história de superação. Essa situação fez de você uma mulher mais aguerrida e determinada? O que você recomenda a quem passa pelo mesmo problema?
MAÍRA. Sempre tive o perfil de não desistir na primeira queda. Nem na segunda, e assim por diante. Acredito que essa fase de minha vida serviu para eu aprender que nem tudo precisa ser perfeito. Que nem tudo precisa ser tão seguido ao pé da letra e que nem sempre eu preciso me dedicar tanto às pessoas (pois nem sempre elas reconhecem isso). Foi um momento muito cruel, com crises horríveis, que somente quem esteve ao meu lado entende isso e acredito que se chocou. Afinal, me ver naquele estado, para muitos era algo inesperado, quase que surreal. Mas, essa é uma doença que pega qualquer pessoa. Seja rica, pobre, negra ou branca, gorda ou magra! Ela vem de mansinho e nem sempre estamos prontos para enxergar seus sintomas, quase sempre confundidos com estafa, ou com antipatia e irritação ao extremo. O que não era! Eu tinha uma doença e precisei ser tratada como qualquer outra pessoa que tem uma doença física. O que falar para quem passa por isso? Fé! Creia que o mal não durará para sempre! Creia na sua família! Creia em Deus! Nunca perca as esperanças, não deixe que essa doença faça parte de seu perfil, mas que ela sim, foi um dia uma parte de sua vida e que tem cura! Cura essa que pode levar anos, ou meses, depende de cada caso. Tudo é possível, desde que não percamos a nossa Fé. E agradeço minha mãe que foi minha protetora em todos estes momentos...

BLOG. Está rolando uma discussão no Congresso sobre a volta da exigência do diploma para jornalistas. O que você opina a respeito?
MAÍRA. Curiosa esta questão, sabia? Agradeço todos os dias ao Supremo Tribunal Federal pela decisão infame em dizer que meu diploma não valia para nada. Pois somente assim, vi o quanto valia, e o quanto passou a valer. Como dizem: o tiro saiu pela culatra! Pois as redações, depois desta decisão enfadonha do STF, passaram a exigir com mais firmeza ainda a qualificação profissional de seus repórteres. E acredite, para ser jornalista, ao menos onde eu moro, tem que TER DIPLOMA SIM, SENHOR! E se não tem, que vá estudar! E o Senado, aprovando a PEC dos Jornalistas apenas afirmou o que todos já sabemos: seja qual a profissão que um brasileiro queira seguir, ele terá sim, que estudar e se qualificar para ocupar os cargos. Agora ainda falta a análise da Câmara de Deputados, mas acredito que também será aprovado. E acredite: tentaram enfraquecer minha categoria, mas o que conseguiram foi deixá-la ainda mais forte!

BLOG. Muito obrigado pela entrevista, Maíra!


De primeira

Cidade onde nasceu. Criciúma (SC).
Cidade onde mora. Içara (SC).
Ocupação. Editora.
Time do coração. Grêmio Porto-Alegrense e Criciúma Esporte Clube.
Cor preferida. Amarelo.
Prato favorito. Sushi.
Bebida favorita. Marguerita (arribá, heheh).
Hobby. Filmes.
Animal de estimação. Minha gata, a Preta.
Uma música. Welcome to the Jungle (Guns).
Um livro. A Cabana.
Um filme. Mágico de Oz.
Uma atriz brasileira. Andréa Beltrão.
Um ator brasileiro. Alexandre Borges.
Uma atriz estrangeira. Meryl Streep.
Um ator estrangeiro. Sean Connery.
Ídolo esportivo. Ayrton Senna (meio clichê, mas não tem como não ser ele).
Programa de TV preferido. Os Simpsons (risos).
Banda ou artista preferido. Guns N' Roses e Rush.
Ritmos musicais que escuta. Rock n' roll.
Ritmos musicais que não gosta. A lista é grande... (risos).
O que mais gosta de comer, fora o prato favorito. Churrasco.
O que não come de jeito nenhum. Nabo (eca!).
Esportes favoritos. Vôlei, handebol e futebol.
Lugar mais bonito em que já esteve. Hummmm... Meu sofá!!! (risos).
País que gostaria de conhecer. Índia.
A Maíra, em até 140 caracteres. "Duas palavras me definem: teimosa e amiga. Desta forma é fácil de me entender! Basta não teimar comigo e nunca deixar de ser minha amiga! Hehehe".

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Guilherme Lopes: "As opções são tantas em BH que eu mesmo fico na dúvida"

Mineiro de Belo Horizonte, morador de Sabará, mas atualmente viajando pela Europa, Guilherme Lopes (@guibetinho) só foi saber na terceira carreira universitária o que queria fazer na vida. Estudante de Ciências Contábeis, com passagens por Geografia e Turismo, este cruzeirense amante de cerveja, samba e MPB vê com boas perspectivas o futuro da sua profissão. Esta entrevista foi realizada pouco antes de ele partir para uma viagem de um ano por países como Holanda, Bélgica e Irlanda, entre outros. Nela, o Ghilherme dá dicas sensacionais do que fazer em Belo Horizonte, indicando os melhores lugares, atrações culturais e botecos da capital mineira. Melhor do que qualquer guia de turismo, show de bola! 

BLOG. Como é o estágio que você fez na V & M e como chegou a essa empresa?
GUILHERME. O estágio foi excelente. É uma empresa de grande porte, correta e com ambiente de trabalho agradável. Tive oportunidade de lidar com processos e aplicativos que serão úteis no futuro. O meu contrato encerrou na última semana (na época da entrevista, realizada em junho) e como já havia planejado uma viagem de 1 ano para fora do país, não foi possível renovar o contrato. Fiquei sabendo do processo seletivo para o Programa de Estágio da V & M através de um site de recrutamento. Estava no terceiro período da faculdade e me candidatei, mas sem muitas pretensões. Fui avançando pelas etapas de seleção e fiquei feliz à beça quando soube que havia sido aprovado.

BLOG. Você estuda Ciências Contábeis na UFMG. Sempre teve clara essa opção na cabeça, como anda o mercado de trabalho na área?
GUILHERME. Não, pelo contrário! Ciências Contábeis é o terceiro curso de graduação que inicio. Comecei estudando Geografia, lá mesmo na UFMG. Troquei de curso, quando abriram o de Turismo. Era da terceira turma e quase me formei. Foi quando optei por começar uma nova carreira. E o mercado de trabalho foi um dos grandes responsáveis por essa mudança. Estou animado com as futuras possibilidades.

BLOG. BH é famosa por sua culinária e também por seus bares. Quais são os lugares que você mais gosta de frequentar e quais recomendaria para quem chega à cidade e quer experimentar uma boa comida ou tomar uma cerveja com os amigos?  
GUILHERME. As opções são tantas que eu mesmo fico na dúvida. Vai depender também da animação da moçada. Mas anotem aí:  
1) BH sempre tem algum festival ou showzinho acontecendo em alguma praça ou parque da cidade. É animado, barato e sempre tem umas barraquinhas de comida interessante. Exemplos? Conexão Vivo, Ponto de Encontro do FIT (Festival Internacional de Teatro), Festival de Jazz da Savassi, Festa Italiana, Festa de São Patrício, Festejo do Tambor Mineiro... 
2) Estão mais animados? Para dançar, não deixe de ir no Paco Pigalle (não tem como definir esse lugar, mas é bacana, pode confiar!). Sempre tem algo bacana no Mercado das Borboletas, que fica no último andar do Mercado Novo. O lugar é pitoresco, mas as festas são boas. Fica de olho na programação de uma casa noturna (inferninho) chamado A Obra - se o calendário bater, vá na festa com o singelo nome de "Eu não presto, mas eu te amo".  Para a moçada que gosta de rock, tem boas casas como o Jack Rock Bar, o Stonehenge e a Circus.
3) E finalmente chegamos aos bares... ah os botecos! Se for uma quinta-feira, não deixe de ir no Bar do Salomão. O chorinho é por conta da casa e a moçada fica na rua. Se for fim de noite, passa lá no Chopp da Fábrica. Estranhamente, lá não vende chope, mas pode pedir uma cerveja geladinha e um mexidão. Buteco é o que não falta. Dá uma olhada nessa maratona que fizemos com o Ricardo Freire quando ele veio à BH. E esse blog aqui também é bem útil!

BLOG. A cidade também será uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Na sua opinião, quais são os maiores problemas que BH tem que resolver para fazer bonito na Copa?
GUILHERME. Sem dúvidas, o maior problema vai ser a mobilidade no trânsito. Quando você engorda, a solução não é fazer mais um furo no cinto. Mas é algo assim que estamos fazendo por aqui, alargando avenidas e enchendo a cidade de carros. Claro que as delegações não vão sofrer com isso. Mas os turistas e a população sim. Outra preocupação que tenho é a alta dos preços nos produtos e serviços que serão oferecidos aos turistas. Em vez de ficarem com uma boa impressão, eles vão se sentir explorados.

BLOG. Como torcedor do Cruzeiro, você estava receoso do Celso Roth assumir o time. Agora já foi. Que perspectivas você vê para o Cruzeiro neste ano? O time fará uma boa campanha no Brasileirão ou passará sufoco como no ano passado?
GUILHERME. Nem me lembre o último ano. Que sufoco! Então, eu apoiava o retorno do Adilson Batista. Ele conseguiu montar uma boa base para a equipe e sempre levava o time à Libertadores, além de sempre ganhar os clássicos. O Roth me passa a impressão de ser bom técnico, mas de equipes medianas. Começou bem, mas o elenco não ajuda. Vamos aguardar, como diria o AB.

BLOG. Muito obrigado pela entrevista, Guilherme!

De primeira

Cidade onde nasceu.  Belo Horizonte.
Cidade onde mora. Sabará.
Ocupação. Estudante.
Time do coração. Cruzeiro.
Cor preferida. Não tenho.
Prato favorito. Comida de rua.
Bebida favorita. Suco... de cevada.
Hobby. Jogar FM, baralho e ler blogs.
Animal de estimação. Não gosto.
Uma música. Samba da Bênção. 
Um livro. Memórias de um cabo de vassoura.
Um filme. Forrest Gump.
Uma atriz brasileira. Lília Cabral.
Um ator brasileiro. Paulo José.
Uma atriz estrangeira. Julia Roberts.
Um ator estrangeiro. Tom Hanks.
Ídolo esportivo. Não tenho.
Programa de TV preferido. Programa do Jô, Roda Viva.
Banda ou artista preferido. Tenho um preferido por dia. Hoje estou escutando Jeneci.
Ritmos musicais que escuta. Samba, MPB.
Ritmos musicais que não gosta. Rap.
O que mais gosta de comer, fora o prato favorito. Churrasco.
O que não come de jeito nenhum. Não sei. Não gosto de pão. Mas como.
Esporte favorito. Futebol.
Lugar mais bonito em que já esteve. Rio de Janeiro.
País que gostaria de conhecer. Espanha e Portugal.
O Guilherme, em até 140 caracteres. É o tímido mais cara de pau que eu conheço. Gosta de uma farra e sempre muda de assunto, quando o assunto é ele. Quem é o próximo entrevistado?

terça-feira, 12 de junho de 2012

Beatriz Morgado: "Sinto muitas saudades da alegria e da conversa fácil dos brasileiros"

Canhota, hiperativa e apaixonada por tecnologia e por escrever, fotografar e viajar, como ela mesma se define, a santista Beatriz Morgado (@beatrizmorgado) vive uma experiência fantástica há mais de um ano, já que há 15 meses trocou a cidade de Campinas, onde morava, pela pequena Sellersville, nos Estados Unidos, para fazer um programa de intercâmbio como au pair. Com muitas saudades do Brasil, para onde deve voltar em novembro, esta estudante de Publicidade e blogueira conta na entrevista como é estar ao cuidado de quatro crianças, da rotina atribulada que não lhe deixa muito tempo para navegar pela Internet ou apreciar sua cerveja favorita (a Heineken), e das vantagens e desvantagens de morar nos Estados Unidos.  

BLOG. Já faz mais de um ano que você foi morar na Pensilvânia. Como você descreve a experiência de estar morando nos Estados Unidos e quanto tempo pensa ficar ainda? 
BEATRIZ. Minha experiência aqui nos EUA tem sido ótima, aprendi muito e continuo aprendendo a cada dia desde que cheguei aqui, há quase 15 meses. O tipo de intercâmbio que estou fazendo, Au Pair, é um pouco diferente da maioria e tenho que dizer que não é tão fácil quanto parece! O trabalho é árduo e os estudos acabam dando uma puxada maior na rotina, mas a parte mais difícil é viver 24 horas na casa dos outros, sendo esses "outros" seus próprios chefes, mas ao mesmo tempo sendo a sua nova família. É complicado, mas a gente se adapta! Ainda tenho mais 5 meses pela frente, fico aqui até o comecinho de novembro! Estou com muita saudade do Brasil!

BLOG. Pode-se dizer que você é a "irmã mais velha" de quatro crianças. Como tem sido isso, existe alguma dica pra quem pensa seguir os seus passos e ser uma au pair também?
BEATRIZ. Essa é uma das partes mais legais. Eu sou muito apegada aos meu quatro pequenos! Muita coisa eu aprendi na marra, principalmente tarefas relacionadas a bebês. Quando cheguei, os menores, que são gêmeos, tinham só 10 meses e eu tinha pouca experiência com crianças dessa idade. Sabia trocar fralda, dar papinha e olhe lá. Agora acho que entendo de criança até demais, sou boa até na hora de disciplinar! Acho que serei uma ótima mãe no futuro! Hahaha! Tenho muitas, mas muiiitas dicas mesmo para quem pensa em ser Au Pair! Tenho tantas que resolvi escrever um blog só sobre isso, o Au Pair nos EUA!, que tem servido de guia para muitas meninas vindo para os EUA, assim como o blog da agência de intercâmbio STB, em que sou uma das embaixadoras (olha que chique!) e semanalnamente escrevo um pouquinho sobre minhas experiências loucas aqui nos Estados Unidos! No momento, estou com a rotina muito louca e sem tempo para atualizar meu blog pessoal, mas as dicas mais preciosas estão registradas lá. A melhor dica e talvez a mais clichê é: tenha a cabeça aberta SEMPRE e não crie muitas expectativas. Nada aqui acaba sendo do jeito que a gente espera!

BLOG. Você já viajou para vários lugares do mundo. Qual foi o mais incrível que já conheceu? Teve algum que você não gostou?  
BEATRIZ. De todos os lugares que já visitei, o meu favorito é Londres! Aquela cidade tem a minha cara! Não consigo lembrar de nenhum lugar que eu não tenha gostado, mas Paris me decepcionou um pouco! Eu adorei, é claro, mas acho que tinha muitas expectativas e quando cheguei lá não achei lá aquelas coisas, mas a viagem foi maravilhosa, mesmo assim. Paris é Paris, né? Tenho vergonha de dizer que já viajei mais aqui nos Estados Unidos, em que moro há apenas 15 meses, do que no Brasil, onde morei a vida inteira. Fiz uma promessa para mim mesma que vou viajar do Oiapoque ao Chuí quando voltar! Mas das poucas cidades brasileiras que conheço, a minha favorita é super cliquê: Rio de Janeiro!!!

BLOG. Com relação ao Brasil, do que você mais sente saudades? E do que acha que vai sentir falta caso volte ao país e deixe os Estados Unidos?  
BEATRIZ. Das coisas mais simples da vida, como andar de pijama pela casa ou passar a noite de sexta-feira tomando umas Heinekens com meu pai enquanto assistimos DVDs de rock and roll na TV! Sinto muita falta de comer bem, pois aqui onde eu moro os hábitos alimentares são péssimos. Quando como algo que não saiu da lata ou não foi descongelado no microondas, pode ter certeza que não tem tempero. Não aguento mais almoçar pizza e nuggets! Sinto muitas saudades da alegria dos brasileiros, gente desencanada, de conversa fácil, sempre tirando sarro. Ah, no verão, sinto falta de beber uma cervejinha na praia, pois aqui é proibido, acreditam? Quando voltar pro Brasil, tenho certeza que vou sentir falta da facilidade de viajar de um lugar pro outro por um preço razoável. As estradas são boas, totalmente livres de caminhões e ônibus e os pedágios custam menos de 2 dólares! Há transporte ferroviário para praticamente todos os lugares e os aeroportos são super organizados. Eu lembro de reclamar muito dessas coisas no Brasil! Também vou sentir falta de comprar roupas e sapatos por um preço justo! Sempre odiei shopping, mesmo sendo mulher, haha! Mas aprendi a adorar aqui nos EUA, pois me dei conta que não é impossível comprar algo que eu goste sem estourar o cartão de crédito. Digo o mesmo em relação a eletrônicos!

BLOG. Você gosta muito de escrever, de navegar na Internet e da Heineken. Com pouco tempo livre, tem conseguido curtir essas coisas como gostaria? E pegando carona na pergunta, a cervejaria holandesa continua sendo a sua favorita?
BEATRIZ. Faço o melhor que posso para dar conta de todas essas coisas! Não é fácil ser uma Au Pair blogueira full time! Hahaha! Como já comentei, tive que abandonar temporariamente meu blog pessoal, mas continuo escrevendo semanalmente para o blog do STB. Só posso usar a internet à noite e nos finais de semana, pois trabalho o dia inteiro, mas ainda assim me sobra um tempinho para olhar emails, dar um "hello" nas redes sociais e, quando possível, falar com minha família pelo Skype! Sim, a Heineken ainda é minha cervejaria favorita e acho que sempre será! Eu gosto tanto que acabei fazendo outras pessoas se apaixonarem por ela com meu discurso! Meu pai é uma dessas pessoas e acho que a Heineken virou uma coisa "nossa". Sei que ele sempre lembra de mim quando toma umas e eu também lembro dele, é até engraçado.

BLOG. Muito obrigado pela entrevista, Beatriz!

De primeira

Cidade onde nasceu. Santos, SP.
Cidade onde mora. Sellersville, Pensilvânia. No Brasil, moro em Campinas, SP.
Ocupação. Estudante de Publicidade e Propaganda, Au Pair e blogueira.
Time do coração. SANTOS, lógico!
Cor preferida. Preto.
Prato favorito. Strogonoff de frango.
Bebida favorita. Suco de laranja e Heineken, haha!
Hobby.  Escrever e montar quebra-cabeças. Que nerd.
Animal de estimação.  Nunca tive.
Uma música. Infinita Highway - Engenheiros do Hawaii.
Um livro. Shantaram.
Um filme. Forrest Gump.
Uma atriz brasileira. Fernanda Torres.
Um ator brasileiro. Selton Mello.
Uma atriz estrangeira. Helena Bonham Carter.
Um ator estrangeiro. Johnny Depp.
Ídolo esportivo. Gustavo Kuerten.
Programa de TV preferido. Sons of Anarchy.
Banda ou artista preferido. AC/DC.
Ritmos musicais que escuta. Rock e um pouco de MPB.
Ritmos musicais que não gosta. Hip hop.
O que mais gosta de comer, fora o prato favorito. Torta de limão!
O que não come de jeito nenhum. Azeitona.
Esporte(s) favorito(s). Tênis e futebol.
Lugar mais bonito em que já esteve. Amsterdam.
País que gostaria de conhecer. Espanha.
A Beatriz, em até 140 caracteres. Uma nanica hiperativa que sonha em viajar o mundo e escrever vários livros para registrar e compartilhar suas experiências e histórias!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Sidney Gomes: "As emissoras tentam não desagradar para evitar rejeição e conseguir mais telespectadores"

O entrevistado da vez é o Sidney Gomes, jornalista mineiro que esbanja bom humor e boas sacadas no Twitter (@sidneygomesmg) e que é fã de carteirinha de programas como 30 Rock e Breaking Bad, entre outros, já que um de seus maiores passatempos é assistir séries dos mais diversos gêneros. Formado pela PUC Minas, este caratinguense, amante da música popular brasileira, fez parte do grupo que recebeu o prêmio Intercom pelo projeto Cidade Invisível, do qual participou na sua época de estudante. Na entrevista, Sidney conta como foi o dia em que deixou sua cidade natal, do mercado jornalístico em Belo Horizonte e de suas impressões sobre a televisão brasileira e as séries que tanto gosta de ver. 

BLOG. Você nasceu em Caratinga, mas mora em Belo Horizonte, ambas em Minas Gerais. Como foi essa história, quando você se mudou para a capital e o que pode contar da sua cidade natal?
SIDNEY. Sair de Caratinga foi muito difícil. Eu tinha 18 anos e era uma época em que eu era apegado a tudo: família, amigos, à própria cidade... O dia da mudança foi um dos dias em que eu mais chorei na vida. Mas ao mesmo tempo eu queria ir embora. Eu precisava ir embora. É uma pena, pois muitas vezes sua cidade natal não oferece a menor estrutura para quem quer trabalhar com comunicação, ou qualquer que seja o ramo das artes. Caratinga é, digamos, uma cidade pragmática, rsrsrs. Por isso desde muito criança eu sabia que não ia durar muito lá, seria uma sacanagem comigo mesmo. Meu sonho era morar no Rio, que era nosso polo cultural. Mas ó, vou adiantando: Caratinga produziu muita gente boa, só que para exportação. O escritor e jornalista Ruy Castro, a jornalista Míriam Leitão, e o Ziraldo, um gênio das artes gráficas... todo mundo caratinguense. Só pra não reclamarem que eu não citei, o cantor Agnaldo Timóteo também é de lá. E, para não ser injusto, vivem na cidade intelectuais fundamentais na minha formação, como o professor Lacerda e o professor Nelson Sena.

BLOG. Como foi o período de estudo na Faculdade de Comunicação e Artes da PUC e como está o campo de trabalho na sua área em Minas?
SIDNEY. Eu considero que aproveitei pouco o ambiente universitário, em vista de alguns colegas que praticamente moravam na PUC, rsrs. Eu assistia às aulas e ponto final. E tem uma coisa que fica em torno ao estudo acadêmico para a qual eu nunca tive a menor paciência: você parece ser obrigado a militar a respeito de algum assunto, qualquer que seja. Eu queria ter uma boa formação, e só. Tive alguns bons professores. Outros, verdadeiros assassinos do conhecimento, mas creio que esse seja um problema que exista em qualquer curso. Por isso acho que os estágios foram fundamentais na minha formação profissional. O destino me levou a trabalhar em televisão, o que não era exatamente a minha ideia quando prestei vestibular. Sempre achei que fosse trabalhar em revista, ou algum grande jornal do Rio. Talvez eu tenha deixado o barco à deriva por um tempo, e deu no que deu. Em BH, o mercado jornalístico é cíclico. Agora mesmo, enquanto vemos o lançamento da Vejinha BH, a Band e o SBT/Alterosa criando novos programas, um dos jornais de maior circulação na cidade acaba de fazer um corte imenso de funcionários.

BLOG. No tempo de faculdade, você fez parte do projeto Cidade Invisível. Como foi essa experiência e no que consistiu?
SIDNEY. Esse foi o projeto experimental do meu grupo. Na Faculdade de Comunicação e Artes da PUC Minas, além da parte teórica - a famosa TCC -, ainda temos que apresentar um produto. E nós resolvemos trabalhar com jornalismo literário, por um simples motivo: uma boa história não precisa de gancho, nem tem que ser factual, precisa apenas ser bem contada. E fomos fundo pra mostrar uma Belo Horizonte que às vezes não percebemos que existe. E deu certo. Com o projeto, nós ganhamos o prêmio Intercom, o mais importante na área de estudos da comunicação do Brasil. E não podia ser diferente, meu grupo era diferenciado. Dele saíram grandes jornalistas que estão arrebentando por aí.

BLOG. Um de seus grandes passatempos é assistir séries de TV. Quais são as melhores e piores que você assistiu até hoje e quais gosta mais de assistir no momento?
SIDNEY. É, eu adoro. Acho que a primeira série que eu vi na vida foi Chaves, e, consequentemente, Chapolin. Depois veio Punk, a levada da breca. Anos depois vieram comédias como Fresh Prince, Full House e Step by Step. Aí o fenômeno Friends me acertou em cheio. O primeiro grande drama que acompanhei foi Lost, e, desde então, as séries são uma mania na minha vida. Não acompanho todas que eu gostaria, nem tenho tempo pra isso. Então nem sei falar sobre séries ruins. Se eu não gosto do piloto, eu largo mesmo, sem dó. A não ser que um amigo com bastante credibilidade me convença a continuar, prometendo que "depois melhora". Lost foi uma bela jornada de seis anos com um final decepcionante. Como telespectador, eu me senti traído. Nem tanto pelo resultado do que foi ao ar, mas pela impressão de que foi tudo decidido de última hora, parece que na véspera de começar gravar o episódio final os produtores ainda não sabiam que fim dar àquela saga. Hoje nós vivemos um período muito bom, com verdadeiras obras-primas no ar, como Breaking Bad, Damages (com Glenn Close arrebentando), Homeland e Game of Thrones. Sem falar que estamos na era de ouro das comédias: 30 Rock, Parks and Recreation, Modern Family, Veep, Community. Todas essas eu recomendo com louvor, vai por mim.

BLOG. E o nível da nossa televisão? O que você acha dos programas que se fazem atualmente na TV brasileira?
SIDNEY. Eu gosto muito de TV, quando era criança eu era vidrado. Sou da geração chamada "screenager". Não engrosso o coro daqueles que acham a TV brasileira o que há de pior. Eu não acho ruim, só acho chata mesmo. Hoje, pouquíssima coisa me empolga. Como TV é um negócio, e um negócio precisa de consumidores - no caso da TV, audiência -, as emissoras tentam não desagradar, para evitar rejeição e conseguir o maior número possível de telespectadores. E isso cria uma penca de programas insossos, de comunicadores insossos. Não há paixão. Eu me lembro do enredo as novelas que eu assistia quando era criança e me dá vontade de rir com o que eu vejo hoje. Até os comerciais eram mais interessantes que hoje. Dez anos atrás, eu era muito noveleiro. Hoje eu não consigo mais. Esta novela das 21h, Avenida Brasil, conseguiu trazer um pouco mais de ritmo. Ela tem um argumento idêntico à série de maior audiência nos Estados Unidos, atualmente: Revenge. É a filha que volta para vingar o pai que foi, de alguma maneira, injustiçado. E é curioso comparar os dois produtos. Parece que os americanos não têm medo de certos temas, de abordar certos tabus.  Mas a TV brasileira tem alguns oásis, como o Altas Horas, o Profissão Repórter, e o Comédia MTV (difícil ver tanta gente talentosa reunida).

BLOG. Muito obrigado pela entrevista, Sidney!
SIDNEY. Eu adorei. Como não faço análise, gosto quando me vejo numa situação em que eu tenho que colocar em ordem a opinião que eu tenho sobre mim mesmo.

De primeira

Cidade onde nasceu. Caratinga (MG).
Cidade onde mora. Belo Horizonte (MG).
Ocupação. Jornalista.
Time do coração. Não gosto de futebol.
Cor preferida. Fui dar uma olhada no guarda-roupa e percebi que a maioria das minhas roupas é branca. Mas não foi nada planejado, juro.
Prato favorito. Arroz, feijão batido, farofa de farinha de milho com couve, frango assado.
Bebida favorita. Coca-Cola.
Hobby. Assistir seriados. Preciso de outro hobby com urgência.
Uma música. Vou me arrepender desta resposta antes da entrevista ser publicada, mas vou escolher "O quereres", do Caetano.
Um livro. O último que me marcou foi "A elegância do ouriço", de uma autora francesa chamada Muriel Barbery.
Um filme. Eu tenho uma certa dificuldade em fazer rankings, mas vou de "O segredo dos seus olhos".
Uma atriz brasileira. Fernanda Torres (sim, acho a filha melhor que a mãe, podem me apedrejar).
Um ator brasileiro. Antônio Fagundes.
Uma atriz estrangeira. Glenn Close.
Um ator estrangeiro. Hugh Laurie.
Ídolo esportivo.  Não tenho, infelizmente.
Programa de TV preferido. 30 Rock.
Banda ou artista preferido. Tenho uma Santíssima Trindade: Chico-Caetano-Bethânia.
Ritmos musicais que escuta. 70% de música brasileira. E um pouco de rock e música latina.
Ritmos musicais que não gosta. Pop dos anos 90 pra cá.
O que mais gosta de comer, fora o prato favorito. Bobagens variadas.
O que não come de jeito nenhum. Comida japonesa.
Esporte favorito. Não curto muito.
Lugar mais bonito em que já esteve. Paris é a cidade mais bonita que eu já vi, mas não a que mais gostei.
País que gostaria de conhecer. No momento, Estados Unidos. Mas só por um motivo: Nova Iorque.
O Sidney, em até 140 caracteres. Eu sou um cara que tenta não piorar a vida das pessoas que convivem comigo. Se todos fizessem o mesmo, o mundo seria outro, certamente.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Larissa Castro: "Simplesmente me apaixonei pela Publicidade, amo, corre no meu sangue"

Agora chegou a vez de entrevistar a Larissa Castro, que é uma menina que sigo há mais de 2 anos no Twitter (@castrolarisa) e que gosta tanto de música que há alguns montou uma banda, a Degradê, na qual tocava bateria. Atualmente, a Larissa está quase terminando a carreira de Publicidade e, apesar de lamentar o iminente fechamento do curso, acredita que as perspectivas são ótimas para a sua área no Acre, estado em que ela sempre morou e que, aliás, adora. Na entrevista, a Larissa conta como é morar em Rio Branco e do que mais gosta de fazer na cidade, além de analisar a situação da propaganda que se faz no seu estado e comentar sua experiência como baterista na banda da qual ela formou parte. 

BLOG. Você mora em Rio Branco, uma das cidades mais importantes da Amazônia. Como é a vida na capital acreana, o que você mais gosta de fazer na cidade?
LARISSA. A maioria das pessoas acha um absurdo eu morar no Acre, mas pelo que muitos pensam aqui é maravilhoso morar. É um estado calmo e com grande chance de crescimento. Estamos vivendo um período muito bom. O estado está evoluindo, oportunidades estão aparecendo e muitas grandes empresas estão olhando para o Acre com um olhar especial e inclusive estão trazendo suas marcas para cá, que até alguns anos atrás ninguém imaginou que chegaria aqui. Fora isso as pessoas são maravilhosas (claro que sou modesta, hahaha) o clima é maravilhoso, temos bastante árvores, a Floresta Amazônica é praticamente aqui, né?! Eu particularmente adoro morar no Acre, uma das coisas que mais gosto de fazer é acampar. Existem muitos lugares ao ar livre que são destinados para isso. Sempre que tenho uma folga, reúno os amigos, pegamos um violão, algumas frutas e vamos acampar. Isso é maravilhoso! Você tem que vir aqui conhecer nossa cidade, você vai amar. Todos que conhecem o Acre amam ele como se fossem acreanos. =)

BLOG. Há alguns anos, você ajudou a formar a banda Degradê. Conta um pouco sobre essa história e também sobre o grupo.
LARISSA. Então, sabe aquele lance de que toda menina sonha em ter uma banda de rock? Então... Hahaha! Eu sempre gostei de música, minha família respira música. Minha vó e minha mãe cantam, meu tio toca, meus primos tocam e meu pai é percussionista. E eu não podia ser o patinho feio da família, né?! Cresci vendo eles tocarem e assim também cresceu a vontade de tocar. Resolvi aprender a tocar bateria (sempre gostei de coisas diferentes, hahahaha), reuni algumas amigas e montamos a banda Degradê, que era pra ser só de menina, mas não conseguimos viver sem os homens e pra alegria da mulherada tinha um homem na banda, o bendito fruto, Caio Lima. Uahduahduadauosaisa! (Ah, ia esquecendo que tinha também os namorados que, apesar de não tocarem, sempre iam no ensaio, tipo o Thalis, haha). A banda foi um período bom da minha vida, só tenho saudades. Conhecemos muita gente com a qual até hoje mantemos o contato, aprontamos muito e aprendemos muito também. Temos uma música gravada e infelizmente não tivemos chance de gravar as outras. O Thalis, rapaz que eu citei acima, era nosso compositor. Escreve muito bem e sempre tinha umas ideias mirabolantes. Era muito bom tudo que a gente passou, só restam lembranças e saudades. Ah, também restam fotos e vídeos...

BLOG. Não é comum ver uma mulher tocando bateria. O que te levou a se interessar por esse instrumento?
LARISSA. Nossa, eu sempre queria ser diferente. :p Como meu pai tocava percussão eu já tinha um certo interesse em tocar algum instrumento de percussão também. Resolvi escolher a bateria. xD Adorava o sucesso que eu causava, todos também falavam a mesma coisa que você falou. "Nossa, uma menina na bateria!" E eu, claro, adorava isso. Hahahahahahaha. Ainda toco bateria, só que estou sem tempo. :(

BLOG. Você é estudante de Publicidade. Sempre teve claro essa profissão em sua mente, o que está achando do curso?
LARISSA. Já estou na reta final. Esse ano, se Deus quiser, eu me formo. \o/ Eu adoro publicidade e propaganda. Confesso que de início eu não imaginava que ia gostar tanto do jeito que eu tô gostando. Simplesmente me apaixonei, amo, corre no meu sangue. Meu coração palpita toda vez que penso que estou me formando para ser publicitária. Meus olhos se enchem de alegria só de pensar. É algo inexplicável. Nunca achei que fosse gostar tanto assim da profissão que escolhi pra seguir. Sinto mais alegria ainda em saber que vou passar o resto da minha vida fazendo isso. =)

BLOG. E qual é a sua opinião sobre a publicidade brasileira, especialmente a que é feita no Acre?
LARISSA. Então, a publicidade vem se modernizando e cada vez mais criando métodos e ferramentas paras as novas tecnologias aplicadas. Ainda existe muita gente que faz a parte ruim da história, sempre tem. Mas em comparação aos outros que fazem as coisas certas e definidas, não deixam a desejar. No Acre, o movimento ainda é muito pequeno. Existe alguns publicitários formados que não estão atuando. E o mais triste ainda é que a minha turma é a última a se formar aqui no Acre, pois o nosso curso, devido a pouca procura, fechou! Estamos nos reunindo para movimentar um pouco essas bancas de cá, em breve muitas novidades sobre o mercado publicitário acreano irão chegar até vocês e eu estarei fazendo parte disso.

BLOG. Muito obrigado pela entrevista, Larissa!
LARISSA. Por nada, seu lindo. :*

De primeira 

Cidade onde nasceu. Feijó, Acre.
Cidade onde mora. Rio Branco, Acre.
Ocupação. Analista de Marketing.
Time do coração. Corinthians. Timão, ê, ô!
Cor preferida. Rosa, rs.
Prato favorito. Peixe frito. *-*
Bebida favorita. Cerveja suja, por favor. :p
Hobby. Andar de bicicleta.
Uma música. No momento a música que está marcando essa fase da minha vida é Paradise, do Coldplay.
Um livro. Faça Logo Uma Marca, de Francesc Petit.
Um filme. De Pernas Pro Ar.
Uma atriz brasileira. Ingrid Guimarães (adoro essa mulher).
Um ator brasileiro. Stênio Garcia.
Uma atriz estrangeira. Angelina Jolie (além de linda, trabalha muito bem).
Um ator estrangeiro. Claro que é o Adam Sandler.
Ídolo esportivo. Cara, não tenho um específico. ;/ Sou pody?
Programa de TV preferido. ABC Felino e Canino. *-*
Banda ou artista preferido. Zé Ramalho.
Ritmos musicais que escuta. Eu separo a música como música ruim e música boa. Não tenho um ritmo específico para ouvir. Eu gosto de música boa, só isso.
Ritmos musicais que não gosta. Música ruim, rs.
O que mais gosta de comer, fora o prato favorito. Açaí cremoso, please! >___>
O que não come de jeito nenhum. Jiló, argh!
Esporte favorito. Vôlei :) Antigamente eu jogava no time do colégio, rs.
Lugar mais bonito em que já esteve. Sem dúvida foi uma ilha maravilhosa em Salvador, bem isolada, só que esqueci o nome. :(
País que gostaria de conhecer. Portugal.
A Larissa, em até 140 caracteres. Adoro suco de laranja, tenho preguiça e acho perfeita a combinação de frio e filme. Fora isso, sou uma menina normal que toca bateria, rs.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Junior Manoel: "Fazer estágio de Jornalismo é uma experiência muito real"

O primeiro entrevistado do blog é o Junior Manoel, pernambucano arretado que eu sigo no Twitter (@juninhooow) e que compartilha comigo a paixão pelo Jornalismo, tanto que atualmente faz estágio na TV Globo Nordeste. Apesar de ter nascido no Recife (e não em Recife, como faz questão de frisar), Junior mora em Olinda, bela cidade vizinha, localizada na região metropolitana da capital do estado. Na entrevista, Junior, que é torcedor do Sport, admirador do jornalista Caco Barcellos e tem um gosto bastante eclético no que se refere a música, comenta sobre as vantagens e desvantagens de se viver na capital pernambucana, as experiências como estagiário da Globo e a qualidade do que se produz atualmente na televisão brasileira.

BLOG. Quais são os maiores prazeres de se viver em Recife e, em contrapartida, quais são os problemas mais graves ou chatos do dia a dia na cidade?
JUNIOR. Por questões vaidosas e históricas, vivo NO Recife; e não EM Recife. Nasci no Recife, mas moro em Olinda - a irmã mais velha. Você sabe que o povo aqui é megalomaníaco, né? A gente diz a todo mundo que temos "a maior avenida em linha reta", "o maior shopping", "a maior emergência"... Enfim, a gente tem é orgulho de ter o que temos e do jeito que temos. Recife é uma cidade que tem "o prefeito mais odiado também" (oaí a megalomania!), mas onde a gente é feliz. Ao contrário do que muitos podem pensar, aqui não só toca frevo. Aliás, entramos geral no circuito dos shows internacionais. Como disse Paul McCartney: "ô povo arretado!". Acredito que problemas temos como qualquer outra cidade grande (a maior cidade pequena da América Latina). O lixo pode ser uma das coisas que mais me incomodam. É a união da má-educação das pessoas com o descuido do poder público. Temos também obras que parecem não ter fim - como o Viaduto da Pan Nordestina, na saída de Olinda pro Recife. Ah! Temos também os tubarões tomando banho pertinho da gente (ou a gente tomando banho pertinho deles?)... E, claro, temos o mar querendo o espaço dele de volta. Entretando, de coisa, temos as tapiocas do Alto da Sé, o elevador panorâmico recém-inaugurado, a macaxeira com carne de sol e queijo coalho assado da Casa de Noca, um sol pra cada pessoa, o cuscuz com manteiga e ovo mexido e o "oxe/oxente" que cabe em qualquer contexto.

BLOG. Você está fazendo estágio de Jornalismo na Globo. Como tem sido essa experiência?
JUNIOR. É uma experiência muito real. Você vê de fora e não tem ideia de como é a dedicação dos profissionais com a notícia. É coisa séria. São dez estagiários no Jornalismo da Rede Globo Nordeste. Seis são da redação da TV, dois no G1 Pernambuco e dois na redação do Globo Esporte PE. Nós seis, da tv, dividimo-nos em apuração (quem busca a notícia), produção (passa as orientações pro repórter fazer a matéria) e edição (prepara o material que vai pro ar). Além disso, a gente faz reportagem e produz os vivos, "in loco", dos telejornais da emissora. No Carnaval, produzi a repórter Beatriz Castro - pro Jornal Nacional e pra Globo News - e viajei de GloboCOP pra duas cidades (Nazaré da Mata e Itamaracá), para mostrar como é a festa deles (ver vídeo). Procuro aproveitar tudo. No mais, estou curtindo. Tenho dois exemplos de matérias que me envolvi muito na hora de fazer: o plantão à espera de Paul McCartney, em que conseguimos imagens exclusivas do ex-Beatle (ver vídeo), e uma matéria sobre pães (ver vídeo).

BLOG. Quais foram as matérias que você mais gostou de fazer até agora e que tipo de pautas você prefere?
JUNIOR. Quando você trabalha em televisão você faz tudo. E quando é da "geral", aí que a mistura é ainda maior. Já fiz comportamento, polícia, esporte, cultura, política, já entrevistei artista chato... Mas gosto mesmo é do factual. Aquele que você está saindo da redação, de bolsa nas costas, e te pedem pra dar uma passada num protesto numa das avenidas mais movimentadas do Recife - Av. Governador Agamenon Magalhães (ver vídeo). Você é forçado a prestar atenção em tudo: um bate-boca aqui, os policiais ali, o povo gritando, as pedras voando, você tirando foto pra mandar pra redação... Nesse dia levei até uma pedrada. Mas voltamos com um material completo.

BLOG. Você torce para o Sport, clube que foi campeão da Copa do Brasil em 2008 e no ano seguinte fez uma bela Libertadores, mas depois caiu e vem enfrentando problemas. O Santa Cruz está em uma situação crítica há anos e o Náutico não consegue se firmar. Na sua opinião, por que o futebol pernambucano vive essa crise e o que deve ser feito para recuperar o protagonismo no futebol nacional?
JUNIOR. O Sport enfrentando problemas? Terminamos a série B do Campeonato Brasileiro em 4º colocado e subimos à primeira divisão. Terminamos a primeira fase do Campeonato Pernambucano como líder. Estamos com a vantagem na semifinal... (no dia da entrevista a semifinal ainda seria disputada) Enfim! Não sou craque em futebol, não, mas acredito que o problema do futebol pernambucano - também em outros estados - está em quem gere os clubes. As prioridades, para os dirigentes, são outras. Problemas políticos dentro dos clubes, entre diretores do mesmo clube. Quando eles tiverem realmente compromisso com os clubes (digo deixar interesses pessoais/econômicos em segundo plano), acho que pode melhorar.

BLOG. Voltando ao jornalismo: como você vê a qualidade do jornalismo que se faz no Brasil e do que se produz na TV em geral?
JUNIOR. É tudo muito relativo (a frase que mais gosto de dizer)! Cada emissora tem uma linha editorial própria, cada repórter tem seu estilo, cada telejornal tem seu público-alvo. Tenho programas favoritos em várias emissoras. E não curto programas também de várias emissoras. O Profissão Repórter, pra mim, é o melhor. Desde sempre. Bem antes de eu me meter no Jornalismo. Gosto do formato do programa, da maneira como eles tratam os assuntos, do profissionalismo da equipe, dos temas, dos olhares... Posso confessar que é meu sonho. Aprendi na redação: "Numa redação não existem regras, existem princípios!". Não existe fórmula pra se fazer o melhor, sobretudo quando se trata de notícia. O compromisso tem que ser com o telespectador, mesmo sabendo o quão é difícil mantê-lo fiel à sua programação. Não tem como explicar... Tudo é relativo!

BLOG. Muito obrigado pela entrevista, Junior!

De primeira

Cidade onde nasceu. Recife.
Cidade onde mora. Olinda.
Ocupação. Estudante.
Time do coração. Sport Club do Recife.
Bebida favorita. Água.
Um livro. Abusado, de Caco Barcellos.
Um filme. Não sou fã de cinema.
Ídolo esportivo. Não tenho.
Programa de TV preferido. Profissão Repórter.
Banda ou artista preferido. Se eu disser que curto Banda Calypso, perco a credibilidade? (risos).
Ritmos musicais que escuta. Escuto tudo. Minha playlist vai do gospel ao funk pesadão. Pronto, falei!
Ritmos musicais que não gosta. Metaleira.
O que mais gosta de comer, fora o prato favorito. Tudo que não faz bem.
O que não come de jeito nenhum. Berinjela, brócolis, couve-flor, jiló e essas coisas exóticas.
Esporte favorito. Futebol.
Lugar mais bonito em que já esteve. Recife, claro!
País que gostaria de conhecer. Suíça, Itália.
O Junior, em até 140 caracteres. Feliz, sensato, ousado, chato, falador, complicado...